11/27/2013

Dando Cara Nova na Literatura

Ultimamente, na Literatura e nos cinemas (onde é muito mais evidente) a literatura fantástica está tomando espaço no reinvento de remake de muitos enredos do passado.
Isso está cada vez mais comum em um mercado onde a criatividade parece estar um tanto quanto saturada e o público busca mais uma novidade mais visual. Infelizmente, nos livros se tem visto isso também, cujo títulos embarcam na onda de outros livros mais populares. Até mesmo o "50 Tons de Cinza", de E.L. James, ganhou versões semelhantes no mesmo gênero e enredo. A série Crepúsculo, de Stephenie Meyer, também deu uma cria imensa, com direito a prateleira própria reservada para temas vampirescos em diversas livrarias.
No cinema, a aposta para aproveitar um tema com mais criatividade é apelar para a literatura fantástica. Um exemplo muito claro é "Avatar", de James Cameron. Ao analisar o roteiro, vemos que não tem nada de original. É a mesma história de "O Último dos Moicanos", "Dança com Lobos" e "O Último Samurai". Um personagem se infiltra com uma tribo inimiga e acaba se voltando contra os seus compatriotas. No caso do "Avatar" apenas incrementaram com uma vasta tecnologia e surrealidade, transformando a ideia original (tribo indígena), por uma tribo alienígena em um planeta distante.
Star Wars é uma história de faroeste no espaço, Star Trek é uma história de expedição também com o espaço como cenário. O esqueleto é o mesmo, porém a inserção  de vísceras para sustentar o corpo da história é diferente. Mas no aspecto comparativo são todos iguais. A criatividade do autor que vai diferenciar.
Compare os detetives da literatura. Existem vários. Mas também parece que todos são muito diferentes. Isso porque cada autor procura se atentar às semelhanças literárias e focar o seu estilo na construção das obras. O americano Robert Langdon (de Dan Brown) e o português Tomás Noronha (de José Rodrigues dos Santos) são personagens extremamente parecidos. Ambos são professores universitários e sempre são convidados para solucionar enigmas, que acabam tomando proporções no nível de Indiana Jones. Porém a grande diferença deles estão no estilo literário. Enquanto Robert Langdon é narrado por diversos labirintos e um desfile de curiosidades durante o decorrer das páginas, Tomás Noronha atravessa a aventura em uma narrativa mais verossímil, com aspecto de texto de reportagem jornalística, fazendo o leitor até mesmo acreditar em certos pontos da ficção.


Ao aproveitar uma ideia já conhecida, estude e pesquise muito. A receita do bolo é a mesma, porém a sua habilidade que tornará o quitute mais especial. Tenha boa dosagem ao confeitar a escrita para garantir bom apetite na leitura!


Leo Vieira

11/23/2013

Escritor Recebe Honra ao Mérito Teológico

O escritor e teólogo Leo Vieira foi outorgado com o diploma e a medalha de Honra ao Mérito Teológico, pelo Instituto Teológico Adonai (ITEAD), em Minas Gerais, com reconhecimento da Ordem dos Ministros Evangélicos Nacional (OMEN). A outorga é pelo reconhecimento do trabalho em prol de um mundo melhor e em agradecimento ao apoio e contribuição a causa do ensino teológico no Brasil.
Leo Vieira também é professor, capelão, evangelista, patrono na Academia Brasileira de Ministros Evangélicos e Teólogos (ABMET) e colaborador nos blogs "Pensamento Cristão", "Universo Teísta", "Apologética Cristã", "Cai a Máscara", "Menina dos Olhos de Deus" e "O Evangelho Puro". Todas as atividades são prestadas de forma voluntária.
Para o próximo ano, Leo Vieira prepara o lançamento de um jornal mensal (e virtual) com seções de temática cristã; a publicação de livros religiosos (já prontos) e o registro de uma instituição missionária. Todas esses projetos continuarão a ser realizados sem fins lucrativos.

11/20/2013

O Conceito da Capa de um Livro

     Diz um ditado que "não se julga um livro pela capa", certo? Correto. Eu já li muitas obras preciosas, cuja capa era muito sem graça e sem "vida". Da mesma forma, também notei muita capa exuberante apresentando uma obra enfadonha, mal-elaborada e cheia de clichês muito saturados.
     Reconhecemos que com o advento da tecnologia e o aprimoramento das tendências digitais de hoje, é possível fazer uma boa criação, apelando para todos os recursos digitais disponíveis do Corel ao Photoshop, entre outros programas complexos para edição e desenvolvimento de imagem.
     A função da capa é fazer uma breve abordagem visual ao leitor, que ficará atraído com o título. A capa é a primeira coisa a chamar a atenção, seguida pelo título e sinopse. Desta forma, a escolha da cor de fundo é essencial. Se for uma ficção tranquila, azul; se for um drama, cinza; um romance cheio cenas bonitas? Rosa; uma aventura com muita ação? Vermelho, laranja ou tons com efeito luminoso. Terror com apelo macabro? Preto! E por aí vai.
     Na escolha da imagem central, evite fotos (sugestão). Faça opção por um desenho bruto, ou sombra, com efeitos simples. Lembre-se que capa de livro não é banner de cinema.
Exemplos: Nuvem, jarro, corações, chama, machado, etc. Coloquei os exemplos respectivamente com o exemplo das cores, no parágrafo acima.
      Não quero ser radical e pedir para que evitem escolher certas coisas, mas se atentem para serem originais nas escolhas das capas de suas obras. Prestem atenção como existem capas com imagem de close de olhos e também com punhais de ponta cabeça. São muitos. Procurem fazer a diferença e não se deixarem se levar pelo esteriótipo.
     No meu caso, eu tinha uma ideia, mas deixei que a editora cuidasse de tudo. O efeito foi até melhor que o esperado. Eles utilizaram uma das cenas da história e transformou nesse desenho tribal, fazendo um misto de cruz e adaga, cuja base horizontal se parece com os olhos de um dos vilões da história.
     Muitas vezes é a editora que cuida de tudo isso, seguindo o estilo do capista e da editoração da empresa. Porém, o autor também pode deixar sugestões e palpites. É nesse momento que o escritor pode ressaltar no que NÃO QUER em sua capa.

     Resumindo, a capa do livro não pode ser padronizada como embalagem de remédio, nem deslumbrante como uma capa de DVD, com excesso de cores, fazendo até poluição visual. Observem as capas de livro mais antigas. Ao revisar sua obra, pense no objeto central que representa a história e peça para que tal item apareça no livro. Deixe o seu livro atraente em todos os aspectos.



Leo Vieira

11/17/2013

Ação Mobilizadora Colaborativa Para a Construção da Biblioteca Recicla Leitores



É com muita alegria que anunciamos que em 2014 teremos a nossa 1ª Biblioteca Recicla Leitores.
Convidamos a todos os amigos a nos ajudar nesta empreitada. Ajude com o que puder, pois o seu pouco será o nosso muito.

A proposta é fazer uma biblioteca alegre, onde os livros não ficarão presos em suas prateleiras como aprendi com a minha amiga Eczúvia Magenta. A Biblioteca estará localizada no bairro Coelho em São Gonçalo, mesmo não sendo deste bairro contribua para fazer chegar as mãos de crianças e adultos um nova forma de se aproveitar um BIBLIOTECA. Em nosso site você descobrirá como participar e verá o nosso VÍDEO que nos foi presenteado pelo queridíssimo amigo Wemerson Freitas.


Obs: Nos ajude colaborando até o dia 20/12/2013 para iniciarmos as obras no dia 26/12.





http://www.reciclaleitores.com.br/ Acesse o site, assista o vídeo e veja como participar desta ação.



Como pai, mãe,filho, professor e leitor deixe esta herança, afinal a sua contribuição fará parte da estrutura deste templo do saber. Biblioteca.

11/13/2013

Os Livros de Bolso

Na onda dos Best Sellers e trilogias é muito comum que o escritor tenha vontade de acrescentar enredos e sub-enredos em sua obra, para transformá-la em um conteúdo mais amplo em três partes ou até mesmo em uma série. Isso tem acontecido comigo, quando publiquei "Alecognição", há quase dois anos e agora, que estou escrevendo séries de livros infantis.
"Alecognição", na verdade, foi uma forma de não esteriotipar os romances de suspense que eu já tinha quase prontos. Decidi reunir as 23 melhores delas e transformá-las em episódios para um só personagem e seus núcleos. Os temas são bem variados e fogem dos padrões repetitivos e cansativos.
Um detalhe importante é analisar se os dois enredos não podem ser mesclados em uma história só. Isso tornaria a história mais interessante. Um herói com um conflito paralelo ou então, um coadjuvante com um conflito importante para o fechamento da obra. Isso dependerá da disposição do autor. No meu caso, os temas eram distintos demais para unir em apenas um livro.
Se a sua obra for grande demais e passar de quinhentas páginas, faça uma nova revisão e organização de capítulos e divida-a em duas partes. Será mais fácil para investir e comercializar. Agora se a obra ficar curta demais, você pode reunir junto com outras crônicas e lançar em uma coletânea. E se por acaso, ficar no meio termo, com vinte laudas? Aí nesse caso, recomendo em formato de LIVRO DE BOLSO.

Alguns escritores têm certo preconceito em publicar livros nesse formato. Outros também julgam como obra preguiçosa e de pouco aprofundamento e interesse do escritor. Seja como for, os livros de bolso estão longe de serem julgados de forma pejorativa. Os 'minute book' (como são conhecidos lá fora) são muito respeitados e facilmente comercializados nas gôndolas de bancas de jornais, nas lojas de conveniência, nas estações ferroviárias, nas rodoviárias, em aeroportos e é claro, nas livrarias. Por apresentarem uma história mais curta (no máximo, duas horas de leitura) e serem fáceis e práticos de transportar, são muito mais aceitos em filas e viagens.
Para que um romance tenha o tamanho e o corpo de um livro A5 (14x21 cm), ele precisará ter no mínimo 70 páginas, para que ele possa ter lombada e ficar parado em pé. Se ele tiver menos do que isso, ficará em grampo canoa e se tornará um encarte. Ou então, diminua o tamanho das páginas (12x18 cm).

O best seller "Quem Mexeu no Meu Queijo?" do psicólogo Spencer Johnson é uma crônica muito popular, também publicada em formato de bolso, mundialmente conhecida. Outro livro de bolso que vendeu muito exatamente pela simplicidade e praticidade foi "Mensagem a Garcia", do filósofo Elbert Hubbard, que narra uma curta e reflexiva jornada do soldado que leva a mensagem do presidente estadunidense McKinley ao general Calixto Garcia Íñiguez, líder das forças rebeldes cubanas durante a Guerra Hispano-Americana. A lição principal que a história deixa é “Cumprir eficazmente uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer”. O livrinho foi amplamente comprado por indústrias e pelos exércitos em dezenas de países e distribuído aos funcionários, fazendo um sucesso instantâneo.


Livros grossos e em séries servem para apresentar e sustentar um universo particular do autor e livros de bolso são para apresentar uma lição prática e eficaz. Ambos têm o seu valor especial e devem ser apreciados e respeitados.


Leo Vieira

11/02/2013

Um Passeio no Sebo


Onde poderíamos adquirir aquele livro antigo que não se encontra mais em estoque nas livrarias? Nem sempre se encontra na internet, mas até mesmo a geração nova de leitores e estudantes têm a palavra "sebo" ecoando na cabeça.
Alguns têm até um certo preconceito, não só por comprar uma coisa velha e usada, mas também pelo nome, que se assemelha a algo nojento. A palavra tem origem em razão das livrarias também ter uma prateleira para livros usados, e por serem páginas surradas e sujas, eram chamadas dessa forma. Ou então, você pode empregar uma versão mais moderna, que significa "SEcond hand BOoks" (livros de segunda mão). Tosco, não é? Pois bem, o sebo tem esses dois significados: uma estante ou livraria de antigos livros ensebados e de segunda mão.
Você encontra muita, mas muita raridade e preciosidade nesses lugares. O mais curioso é que muitos livreiros não têm a mínima noção do que estão vendendo em meio àquelas prateleiras. É como escavar uma mina de pedras preciosas.
Nunca vá a um sebo, simplesmente para "dar uma olhadinha". A frustração de encontrar algo e não poder levar será muito grande. E o pior; você não o encontrará novamente, mesmo que você o esconda na prateleira (já tentei fazer várias vezes e nunca deu certo). Dedique um tempo e disponibilize dinheiro para gastar, além de levar bolsas para o transporte da mercadoria (eu já enchi uma mochila e um carrinho de feira); isso, se você não tiver um carro.
O bom de ter um dia inteiro para um passeio em um sebo é que a sensação do garimpo literário será maravilhosa, algo como explorar uma loja de brinquedos na infância. Depois, com o volume todo selecionado, o vendedor poderá até fazer um bom preço, porque o bom freguês sempre retorna (e ainda trás outros). Ambos ficarão satisfeitos. Muitos sebos aceitam cartões de crédito, mas em dinheiro, tudo fica mais fácil e rentável para os dois lados.
Em seu próximo salário, reserve uma parte dele, além de reservar um período do dia para o "passaporte" para esse portal do coliseu dos mestres de papel aposentados.


Gordura não faz bem à saúde, mas o SEBO irá nutrir a sua mente com tanto conhecimento.


Leo Vieira