12/30/2013

Feliz 2014

Esse ano de 2013 foi perfeito! Muitas realizações, desenvolvimentos, planejamentos, projetos, lançamentos, filiações, parcerias e ainda terá muito mais para 2014.
Eu não esperava que as postagens nesta e nas demais colunas tivessem tanto alcance.
Fiquei satisfeito em ver muito dos assuntos comentados e compartilhados em outras páginas.

# A série "A REAL DAS EDITORAS POR DEMANDA" causou muitos comentários;
# A denúncia dos blogueiros que vendiam livros também foi altamente discutido;
# A matéria dos blogueiros que pedem livros grátis e não fazem resenha de qualidade foi tão comentado que muitos blogueiros se uniram para boicotar tais blogs desonestos;
# O texto das editoras golpistas também abriram os olhos de muitos escritores;
# As postagens sobre construção literária, auto publicação, criação de editora e mercado literário renderam um bom número de leitores satisfeitos.

Hoje escrevo periodicamente para dezenas de blogs e páginas literárias, além de manter uma coluna em um jornal e uma revista, também lida em Portugal e alguns países da África.
É cansativo, mas quando fazemos algo que gostamos, o fardo se torna mais leve. Sem contar que o reconhecimento e os elogios me motivam constantemente.

Também foi um ano difícil. Tive aborrecimentos, impasses, calotes, "portas na cara", entre outros problemas literários. Em compensação, também fiquei bem mais esperto, cortando certas "parcerias literárias", recusando propostas de projetos culturais mirabolantes, além de evitar alguns oportunistas megalomaníacos.

E em 2014 teremos muito mais! Inauguraremos uma Academia de Letras (em conjunto com o CNA- Clube dos Novos Autores), institutos culturais, feiras literárias, jornais e uma editora com gráfica própria e selos editoriais (projetos meus). Muitos desses projetos serão ainda para o primeiro semestre.
Lembrando mais uma vez que todos esses projetos permanecem de forma VOLUNTÁRIA e SEM
FINS LUCRATIVOS.
Muito obrigado a todos!

Leo Vieira

12/29/2013

Feliz Natal!!

O nosso mascote Mimo entrou no clima natalino só para desejar um Feliz Natal todo especial aos queridos amigos que acompanham, curtem e compartilham o RECICLA LEITORES.


Desejamos a todos muita saúde, amor, paz e felicidades!!


12/18/2013

Seja um Escritor Esperto

Como qualquer outro profissional, seja ele ator, músico ou ilustrador, o escritor também é alvo notável e presa fácil dos clientes oportunistas, principalmente quando as vítimas escolhidas são jovens e iniciantes na carreira. Fiquem sempre espertos quando presenciarem certos tipos de situação.
Se você, independente de tempo e conteúdo literário, se sente profissional e quer respeito e reconhecimento, precisa se portar então como um.


"FAÇA O ROTEIRO BARATO (OU DE GRAÇA) E NO PRÓXIMO SERVIÇO, PAGAREMOS MELHOR"
Nenhum escritor profissional prestará serviço literário autoral de graça. Imagine
então você pedir a um advogado que o defenda de graça, com a condição de lhe pagar melhor em um próximo serviço. Isso não existe.

"NÓS SOMENTE PAGAMOS NO FINAL, APÓS O SERVIÇO PRESTADO"
Faça um contrato com o cliente, ressaltando o valor do serviço.

"PRA QUE CONTRATO? NÃO ESTAMOS ENTRE AMIGOS?"
Contrato entre escritor e editora/grupo de teatro é prova de respeito e admiração pelo trabalho de ambas as partes. O contrato representa compromisso e garantia para proteger eventuais transtornos, incoerências e mal-entendimentos ente você e o seu cliente e regularizar essa relação sem desgastes.
Contrato é uma forma de demonstrar profissionalismo, estipulando tempo, serviços e remuneração durante determinado tempo que deverá ser cumprido por ambas as partes. Se o cliente andar para trás e ficar sofismando que é desnecessário, descarte-o.

"O SEU ROTEIRO PARA NOSSA PRODUÇÃO SERÁ ÓTIMO EM SEU PORTFÓLIO E VOCÊ GANHARÁ OUTROS CLIENTES"
Imagine então o diretor da peça ou do filme contando para os outros colegas: "Esse escritor é o maior otário! Esboçou o roteiro todo de graça".


"DEIXE O SEU PROJETO AQUI, QUE EU VOU FALAR COM O PRODUTOR E TE LIGO DEPOIS"
O diretor vai usar os seus textos para barganhar com outro escritor e negociar um preço ainda mais barato. Se você retornar, o diretor dirá que a atividade foi
adiada. Nunca deixe nenhum trabalho no escritório do cliente.


"MAS O ÚLTIMO REVISOR FEZ O MESMO SERVIÇO MAIS BARATO..."
Não tenha medo de perder o cliente, ainda mais quando o mesmo demonstrar ser um oportunista. Ressalte que o seu serviço é profissional e é mensurado conforme o seu valor. Roteiristas/revisores que cobram muito pouco pelo seu serviço ficam predestinados e fadados ao insucesso. Não seja o causador de seu próprio fracasso, desrespeito e decadência profissional. No máximo, ofereça um pequeno desconto, ou então parcele o seu serviço em duas vezes (com contrato).


"NÓS NÃO PODEMOS PAGAR MAIS DO QUE R$XX POR ESSE SERVIÇO"
Imagine o cliente entrar em uma loja de celulares e informar que não pode pagar mais do que R$XX por um smartfone. O vendedor então o oferecerá o mais barato possível, ou então, um aparelho dentro desse valor que tenha as mesmas funções.
Se ainda assim, o serviço lhe interessar, diga que fará, mas será no seu tempo e estipule um prazo maior de entrega.


Leia e ponha em prática essas dicas. Não adianta fazer panca de escritor profissional se no fim das contas você vira paspalho nas mãos dos espertos, viajando nas promessas de projetos mirabolantes.

Você é profissional e pode muito mais.


Leo Vieira

12/11/2013

Comparando Serviços Gráficos

Você terminou de escrever, revisar e registrar sua obra na Biblioteca Nacional e agora está pesquisando o orçamento nas editoras por demanda. Muitas responderão prontamente, oferecendo um bom serviço de diagramação, capa, ISBN, código de barras, ficha catalográfica, exposição e venda no site, porém, quando for pesquisar o orçamento, nunca deixe de comparar quanto ficará o valor do preço de custo do livro para você e para a editora. Existem editoras por demanda que oferecem um ótimo preço para produção, porém um livro com menos de 100 páginas fica à venda por  R$ 30,00. O barato acabou saindo caro para você e o leitor.
Uma boa dica é já se programar sobre o valor médio de um serviço gráfico: cada página 14x21 (papel Pólen Bold 90 gramas) impressa custa no máximo R$0,7 (sete centavos) e a capa com contracapa  (papel cartão supremo 250 gr/m2, plastificada) com orelhas e envernizada fica em torno de, no máximo, R$ 3 (três reais). O valor cai quando o lote vai aumentando a cada cento de exemplares.

Vamos desenhar os dois tipos de serviços: Se você já revisou, diagramou e fez arte da capa (com orelhas) da sua obra (de 100 páginas) e levar para uma gráfica, já organizado em PDF, 100 exemplares ficarão em torno de R$ 900 a R$ 1 mil (já incluindo o serviço de ISBN, ficha catalográfica e código de barras, que as gráficas também podem fazer para o cliente). Se você vender cada livro por R$20 (o que seria um valor justo para você e o leitor), a metade do lote já devolverá o seu investimento. O resto é lucro, ou capital de giro para os seus próximos lotes e lançamentos.

Agora, através de uma editora dessas, 50 livros (de 100 páginas) vendidos por um valor acima da média (R$ 30), lhe dará um retorno de apenas R$ 150 (elas pagam 10% de royalties).
A maior frustração comercial de um escritor é tentar explorar um mercado sem ter a mínima noção do que se está fazendo. Quanto mais ele terceirizar, mais caro o serviço ficará para todos.
A dica é: aprenda a fazer o que as editoras querem que você acredite que não pode e nem saberá aprender.

Você é melhor do que imagina ser.

Leo Vieira

12/04/2013

Cuidado com as Editoras Malandras

Aproveitando a oportunidade para compartilhar ideias sobre o mercado literário, quero também frisar sobre as editoras golpistas, que são muitas que aparecem sorrateiramente em busca de captura dos ingênuos clientes.


Desconfie dos serviços literários quando:
- A editora diz ser estrangeira e abrindo filial no Brasil;
- A editora não apresentar nenhum histórico referencial;
- A editora não ter site próprio;
- A editora ter somente página no Facebook;
- A editora fazer insistentes propostas editoriais, após o primeiro contato do
cliente;
- A editora propor lançamento editorial estrangeiro e outros projetos embrionários e prováveis;
- A editora propor pagamento à vista, com suposto desconto.


O que acontecerá quando você cair na arapuca dessa editora:
- A comunicação entre a editora e o cliente cairá instantaneamente;
- Se o cliente fizer contato, a editora alegará um monte de desculpas prontas, como viagens, agenda lotada e até problemas familiares;
- A promessa do livro ser levado para o exterior não será cumprida, é claro, e será alegado que houve problemas pessoais com o agente literário estrangeiro;
- Em muitas situações, serão entregues apenas 10% do lote dos livros. A editora alegará que o restante ficarão com eles para distribuição em livrarias, o que não acontece nem mesmo a impressão, tão pouco a distribuição;
- Enquanto você questiona com a editora, ela vai te "cozinhando" com mais promessas de vendas e projetos, e vai conseguindo mais clientes ingênuos que caem nas promessas porque veem a quantidades de títulos que a editora publica de seus lesados clientes;
- Se a casa cair para a editora, é muito simples. Ela desativa o site e desaparece temporariamente (“férias e estruturação comercial”, segundo a própria editora). Depois ela retorna com outro nome, novo site, novos serviços, mas o sistema de golpe será o mesmo.


O que você deve fazer ao presenciar ou se descobrir vítima do golpe:
- Reúna todas as provas e contatos e denuncie na Delegacia Virtual de sua cidade, para que a página da editora seja investigada;
- Se você foi lesado, faça um registro da queixa da editora e do responsável na
Delegacia mais próxima;
- Compartilhe as informações de denúncia na sua lista de e-mail. Não poste
abertamente em redes sociais, pois isso pode virar contra você, como crime de
difamação.


Não seja conivente dos erros alheios. Se você não denuncia, você também é cúmplice. Vamos lutar por um mundo literário mais honesto.

E nunca deixe de pesquisar o histórico de qualquer profissional ou empresa que se interessar em lhe prestar serviços literários.


Leo Vieira